Boas Vindas

Caro (a) Aluno (a),
Dando continuidade aos estudos que subsidiarão a práxis psicopedagógica, vamos abordar nesta Unidade aspectos do desenvolvimento humano partindo de diferentes dimensões, olhares e contribuições. É fato que, ao longo deste processo de especialização em Psicopedagogia, alguns autores, bem como suas teorias, serão citados em mais de uma Unidade. Isso nos chama a atenção pela importância da contribuição e necessidade da contextualização mais específica que a disciplina exigirá. Neste caso, devemos nos atentar para a compreensão do desenvolvimento humano, em seus diferentes níveis e estágios, assim como em suas implicações na aprendizagem. Vamos começar?

Apresentação

Neste primeiro módulo daremos um passeio pelo desenvolvimento humano sob diferentes aspectos. Trataremos, de maneira geral, da história evolutiva da espécie humana, que abarca as especificidades dos processos de evolução do indivíduo. Caminharemos também por linhas teóricas que destacam diferentes olhares sobre o desenvolvimento. Veremos, portanto, contribuições preciosas para o objeto de estudo da Psicopedagogia. Veremos a importante contribuição de Jean Piaget para o estudo da aprendizagem. Vamos conferir os aspectos gerais da Epistemologia Genética e os estágios do desenvolvimento cognitivo. Os estudos de Piaget são determinantes para a compreensão que temos hoje acerca da aprendizagem e do sujeito aprendente.

Vamos juntos?

ObjetivosObjetivos

  • Apresentar aspectos gerais da história evolutiva da espécie humana – Filogênese - e do indivíduo - Ontogênese;
  • Apresentar as teorias inatista, ambientalista, sócio interacionista e construtivista.
  • Indicar os aspectos gerais da epistemologia genética de Piaget;
  • Analisar os estágios do desenvolvimento cognitivo.

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Por que teoria?Filogênese e Ontogênese – A espécie e o indivíduo

Filogênese refere-se à história evolutiva da espécie humana e inclui a Ontogênese que, por sua vez, refere-se à história evolutiva do indivíduo. As abordagens do desenvolvimento - filogenia e ontogenia - se completam. Considerando os aspectos da evolução humana enquanto indivíduo e espécie, temos um conjunto de informações genéticas e socioambientais que são relevantes para a Psicopedagogia. Faz-se necessário, portanto, reconhecer suas contribuições enquanto subsídios norteadores para a efetivação da aprendizagem. Veremos abaixo algumas questões sobre as duas abordagens, lembrando que este é um ponto de partida para o estudo, que assim como o desenvolvimento humano, não se esgota aqui.

 

NOTA

Para alguns teóricos e para a lei da biogenética de E. Haeckel (1910) a Ontogênese compreende a repetição da Filogênese, ou seja, os processos da evolução do indivíduo, ainda que em menor escala, recapitulam os processos de evolução da espécie. Porém, com os avanços dos estudos e descobertas científicas, esta informação, apesar de ainda hoje ganhar destaque para o estudo da evolução humana, enfrenta contradições. Na medida em que, para alguns biólogos, as especificidades do processo de evolução do indivíduo podem sofrer diferentes alterações, não podem corresponder, nem portanto significar repetição/recapitulação, do processo de evolução da espécie.

 

 

 

Filogênese

A evolução da espécie humana.

 

evolucao-humana

Figura 1- Evolução humana

 

 

    Figura 2 Darwin
Figura 2 Darwin

Já é de nosso conhecimento, com a essencial contribuição de Darwin, que nossos parentes mais próximos são os macacos. Importante ressaltar que não é bem assim, pois humanos e macacos descendem de um ancestral comum, e não um do outro. Isto chama nossa atenção para outra característica da filogenia, que além de se referir à evolução da espécie humana, aponta também para a relação com outras espécies. Veja ao lado uma caricatura de Darwin retratado como macaco, publicada na Revista Combate, fazendo alusão à confusão gerada por suas pesquisas.

 

 

Outra informação conhecida sobre a história evolutiva de nossa espécie refere-se ao nosso ancestral direto: o hominídeo. Este sim, se originou dos primatas e já apresentava algumas características humanas como as percebemos hoje. Veja na imagem ao lado:

Figura 3- hominídio

Figura 3- hominídio

 

 

DICA:
Uma das curiosidades que o estudo da evolução da espécie humana destaca e que pode ser observada com clareza está na relação entre a inteligência e o tamanho do cérebro. Veja na figura abaixo, que mostra da esquerda para a direita, um macaco, um chimpanzé e o cérebro humano.

 

 

caveira

 

De posse das informações descritas acima, completaremos nossa visita geral pela evolução da espécie assistindo ao vídeo “A evolução do homem”. Em 4 minutos passaremos pelas principais etapas da evolução podendo observar as características de cada uma. São elas: Ramapitheco, Australopitheco, Homo habilis, Pithecantropo ou Homo erectus, Homem de Neanderthal (Homo sapiens neanderthalensis) e o homem atual: Homo Sapiens.


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O MétodoOntogênese

A evolução do indivíduo

A ontogênese traduz o conjunto de transformações embrionárias e pós-embrionárias pelas quais passa o organismo vertebrado, desde a fase do ovo até a forma adulta. Portanto, há que se considerar o desenvolvimento ontogenético desde a fecundação, prolongando-se por toda a vida. Além dos aspectos genéticos, não podemos conceber qualquer estudo e reflexão sobre o ser humano sem considerar os aspectos socioambientais. Veja abaixo o esquema de ontogênese do homem proposto por Jacquard (1988,p. 82)

 

Figura 4- esquema da ontogênese segundo Jacquard Figura 4- esquema da ontogênese segundo Jacquard

 

Piaget, entre outros autores, trouxe importantes contribuições para o estudo do desenvolvimento ontogenético. Ele destaca que aspectos da interação indivíduos entre si e o meio, influenciam diretamente a maneira de como se dá a evolução do indivíduo. Veja um exemplo disso nas palavras de Palangana:

 

Como se sabe, as indagações acerca da natureza humana e da possibilidade de trocas sociais que esta oferece é tão antiga quanto as obras dos grandes filósofos. No entanto, os estudos sistemáticos sobre o peso ou o alcance das interações histórico-sociais são recentes, datando da primeira metade deste século. Nas últimas décadas, observa-se um crescente interesse em retomar as análises a respeito do papel em que se acredita que este é um caminho promissor para se enfrentar a difícil problemática da educação brasileira. Desta maneira, parte-se do pressuposto de que é na, e pela interação social que o homem não só tem acesso ao saber acumulado pelos  seus antepassados como, ao fazê-lo, constitui-se enquanto sujeito. (PALANGANA,2015, p.03)

 

Para terminar, veremos nesta apresentação, aspectos mais detalhados dos processos de filogenia e ontogenia. São informações preciosas para os profissionais que se dedicam em atuar pela efetividade da aprendizagem. Divirtam-se!

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DicasTeorias do Desenvolvimento Humano

 

Os mistérios e a complexidade humana representam estímulos para o estudo de diferentes autores, com diferentes visões. Não nos atentaremos aqui a algum autor específico, mas sim na síntese geral das contribuições para algumas teorias. A necessidade da compreensão da origem do homem e de seu desenvolvimento faz surgir uma série de estudos e reflexões, cada qual representando um olhar específico que destaca o entendimento acerca do próprio homem, da inteligência e da aprendizagem. Veremos aqui as teorias mais importantes a este respeito: Inatismo, Ambientalismo, Sóciointeracionismo e Construtivismo. Para dinamizar nosso estudo e facilitar a compreensão mediante possíveis comparações, vejam os aspectos sobre a visão de homem e de aprendizagem nas teorias, dispostas no quadro abaixo:

 

TEORIA O HOMEM A APRENDIZAGEM

Inatismo

sujeito

As capacidades do ser humano são inatas. O homem já nasce pronto.

O processo de aprendizagem corresponde apenas a um aprimoramento do que já existe no sujeito

Ambientalismo

mente

O ser humano é entendido como objeto. As características humanas são adquiridas exclusivamente no ambiente.

Entendida com a necessidade de experimentar, controlar, medir e testar.

Sóciointeracionismo
mente

Traz a ideia de homem enquanto corpo e mente, e ser biológico e social.

Desenvolvimento e aprendizagem são processos que se influenciam mutuamente na interação com o outro e com o ambiente.

Construtivismo

mente

O homem não nasce pronto e se faz humano nas relações que estabelece com o meio.

Aprendizagem é desenvolvida e construída reagindo aos estímulos e às experiências vivenciadas e, gradativamente, de maneira cada vez mais elaborada.

 

Para aprofundar os conhecimentos sobre as contribuições das teorias para a compreensão do desenvolvimento humano, leiam este artigo “Vygostky e o Desenvolvimento Humano” de Elaine Rabello e José Silveira Passos.

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Esquema Evolutivo da AprendizagemA Epistemologia Genética de Piaget

 

Figura 5 Piaget Figura 5 Piaget

 

Para começarmos a tratar desta teoria, vamos conhecer um pouco da história deste pesquisador do conhecimento que, para os profissionais da aprendizagem, é figura presente tanto nos processos de formação pelos quais passam ao longo da vida, quanto na prática profissional diária. Tentemos exercitar um novo olhar para o resumo desta história de vida e eficiência no trabalho. Assim como Piaget em seus estudos e em sua curiosidade latente, explorar a gênese do que nos propomos estudar agora, significa partir da história do sujeito responsável pela sua criação. Para esta viagem pela vida de Piaget, separamos 3 links principais para visitas e leituras:

   
Figura 6- visita à Piaget Figura 6- visita à Piaget

 

  • 1º A famosa Wikipédia. Para a visualização da extensa obra de Piaget. Piaget escreveu mais de 50 livros e muitos artigos. Nesta página vocês poderão ver as publicações em Português.

 

NOTA:

Lauro de Oliveira Lima é o autor brasileiro conhecido como o maior entusiasta dos estudos de Piaget, o que se traduz em diversos livros e artigos. É considerado por muitos, dentre eles José Pacheco da Escola da Ponte de Portugal, como um dos maiores pedagogos do Brasil.

 

Agora que já conhecemos um pouco a vida de Piaget, vamos passar pelas linhas gerais da Epistemologia Genética. Comecemos pelo nome dado à teoria:
Epistemologia: do grego ἐπιστήμη - conhecimento, ciência; λόγος - estudo de....Pode ser interpretada também como estudo/teoria do conhecimento.
Genética: aqui para nós, relativo à gênese, à origem.

Podemos, portanto, concluir Epistemologia Genética como o estudo da gênese/origem do conhecimento humano.

Ao estudar a origem do conhecimento humano, consequentemente, Piaget descobre, mostra e relaciona elementos estruturais acerca da aprendizagem e de como ela se dá. Por meio da Epistemologia Genética, conseguimos nomear ações e reações que constituem o processo de aprendizagem podendo identificar e aperfeiçoar tais aspectos. A partir desta afirmação, já podemos entender a importância desta teoria como subsídio teórico para a práxis psicopedagógica. Durante suas pesquisas, Piaget constatou que o homem não nasce pronto e se faz humano nas relações que estabelece com o meio.

Esta afirmação sustenta a ideia de que a inteligência é desenvolvida e construída reagindo a estímulos e a experiências vivenciadas, e gradativamente, de maneira cada vez mais elaborada. Nas palavras de Piaget em O Nascimento da Inteligência na Criança, “inteligência é a busca intencional de meios para atingir um fim”. (PIAGET apud MONTANGERO e MAURICE-NAVILLE, 1998, p.39):

Entenderemos melhor esta definição ao passarmos pelos conceitos constituintes do processo de inteligência: Assimilação, Acomodação e Adaptação.

  • Assimilação: incorporação de um elemento do meio exterior aos esquemas de ação do sujeito. O sujeito age e se apropria do objeto de conhecimento para atender às suas necessidades biológicas, psicológicas e sociais.
  • Acomodação: modificação dos esquemas ou estruturas do sujeito em função do objeto ou elemento específico que está tentando assimilar por meio de um esforço pessoal. O sujeito age no sentido de se transformar, para entrar em equilíbrio com o meio.
  • Adaptação: aproximações sucessivas, articulando assimilações e acomodações.

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CuriosidadeOs Estágios do Desenvolvimento Cognitivo

 

Além das linhas gerais apresentadas acima, Piaget também afirma que o desenvolvimento da inteligência é gradativo, passando por estágios ou etapas. Ao longo do período de relações estabelecidas com os outros e com o meio e, ao fazer uso dos esquemas e estruturas, o pensamento vai se tornando cada vez mais complexo e elaborado. Faz-se necessário lembrar que as idades mencionadas em cada estágio são aproximadas, podendo variar de acordo com a maturidade de cada sujeito.
Vamos rever os estágios do desenvolvimento, nas imagens abaixo:

 

Estágio Sensóriomotor

Figura 7 - Sensoriomotor
Figura 7 - Sensoriomotor

Este estágio, que vai do nascimento aos dois anos de idade, é caracterizado pela ação, e não pelo nascimento. Em vez de palavras e conceitos, a criança serve-se de percepções e movimentos, organizados em esquemas de ação. Na presença de um objeto novo, o bebê incorpora-o sussessivamente em cada um dos seus esquemas ou estruturas de ação, como, por exemplo, sacudir, esfregar, balançar, como se tratasse de os compreender pelo uso.

Estágio Pré-operatório

O que marca a entrada no período pré-operatório, que ocorre entre os dois e os sete anos de idade, é o aparecimento da função simbólica, que é a capacidade de criar símbolos para representar os objetos e lidar mentalmente com eles. Como exemplos de manifestações desta função simbólica temos linguagem, a imagem mental e o jogo simbólico. Com o domínio do símbolo, os esquemas de representação, o que significa o início da inteligência representativa ou pensamento.

 Figura 7 - Sensoriomotor
Figura 7 - Sensoriomotor

Estágio Operatório Concreto

Figura 9 - Período operatório concreto
Figura 9 - Período operatório concreto

Este estágio inicia-se aos sete e prolonga-se até aos onze anos de idade.
Ser capaz de operar significa estar apto a executar interior e mentalmente as ações que antes se executavam exterior e mentalmente sobre os objetos. Em suma, a interiorização da ação deu lugar a uma operação enquanto atividade mental.

Estágio Operatório Formal

A partir de agora, o adolecente é capaz de raciocinar sobre as hipóteses abstratas. Estes não são fatos ou objetos concretos, mas proposições enunciadas verbalmente ou por meio de outros símbolos, a partir das quais o jovem efetua os encadeamentos típicos da lógica formal.

Figura 10
Figura 10

 

Por fim, acreditamos que o profissional da Psicopedagogia, essencialmente pesquisador, deve ir direto à fonte do conhecimento.

Buscar suas raízes genuínas. Existem muitas interpretações e variações para as diversas teorias e autores que estudamos e que pautamos nosso trabalho. É imprescindível ter critério e seriedade ao selecionarmos as fontes com as quais podemos embasar nossa prática. Dito isto, selecionamos um filme onde o próprio Piaget fala sobre seus estudos e a Epistemologia Genética. Está divido em 4 partes. Seguem os links em ordem. Divirtam-se!

Piaget por Piaget (1-4) – Dublado - http://www.youtube.com/watch?v=FWYjDvh3bWI
Piaget por Piaget (2-4) – Dublado - http://www.youtube.com/watch?v=193RbO65iS4
Piaget por Piaget (3-4) - Dublado - http://www.youtube.com/watch?v=uYqQ6S3Uwp4
Piaget por Piaget (4-4) - Dublado - http://www.youtube.com/watch?v=nir494onPwE

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Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem - EOCAAtividade de Fixação (Não é pontuada)

 

Dentre as imagens abaixo, que traduzem ditados populares, assinale a opção que está de acordo com a teoria inatista:

Clique aqui para saber a resposta

Resposta correta: A

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 Processo Corretor Conclusão

Nesta Unidade você pôde entrar em contato com os aspectos gerais da evolução da espécie humana – filogênese - e da evolução do indivíduo - ontogênese. Percebeu que essas abordagens se completam e consideram em seus estudos os aspectos genéticos e socioambientais do ser humano. Além das especificidades filogenéticas e ontogenéticas, pôde visualizar os diferentes olhares para o ser humano e para a aprendizagem nas teorias sobre o desenvolvimento abordadas nesta Unidade. Essas contribuições dão significado ao estudo da aprendizagem a cada nova descoberta, uma vez que os processos de maturidade biogenética e emocional, bem como a relevância do ambiente e contexto cultural são determinantes para o desenvolvimento do pensamento mais complexo e elaborado.

Ao viajar pela história de vida de Piaget, você pôde perceber que as principais características para o desenvolvimento de um trabalho efetivo e pertinente são curiosidade e dedicação. Pôde compreender também o motivo de a teoria desenvolvida por Piaget, a Epistemologia Genética, ser um dos principais subsídios teóricos para a Psicopedagogia. Caracterizamos esta teoria como o estudo da gênese do conhecimento e sua evolução ao longo da vida, e vimos, em linhas gerais, elementos que a constituem. Na próxima Unidade, trataremos do pensamento de Vygotsky e Wallon destacando como cada um deles percebe a aprendizagem.

Até lá!

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AtividadeSíntese

Neste módulo, caro (a) aluno (a), você teve a oportunidade de aprender que...

  • A Filogênese refere-se à história evolutiva da espécie humana;
  • A Ontogênese refere-se à história evolutiva do indivíduo;
  • Ambas, filogenia e ontogenia se completam, uma vez que o processo da Filogênese inclui a Ontogênese;
  • Os estudos da Filogênese e Ontogênese devem considerar não só aspectos genéticos, mas também aspectos socioambientais;
  • Para o Inatismo o ser humano nasce pronto e a aprendizagem é vista como um aprimoramento;
  • Para o Ambientalismo o ser humano é visto como um objeto que deve passar por experimentos e testes a fim de controlar o comportamento;
  • O Sóciointeracionismo considera o homem enquanto corpo e mente, biológico e social;
  • O Construtivismo evidencia o desenvolvimento da aprendizagem e novos conhecimentos por meio, principalmente, de experiências vivenciadas.
  • A história de vida e trabalho de Piaget corresponde ao desenvolvimento de seus estudos;
  • A Epistemologia Genética é o estudo da gênese/origem do conhecimento humano;
  • A Epistemologia Genética é uma das teorias que subsidia a práxis psicopedagógica;
  • O homem não nasce pronto e se faz humano nas relações que estabelece com os outros e com o meio;
  • A inteligência é desenvolvida e construída reagindo a estímulos e a experiências vivenciadas, e gradativamente, de maneira cada vez mais elaborada;
  • A inteligência é a busca intencional de meios para atingir um fim;
  • São constituintes do processo de inteligência: Assimilação, Acomodação e Adaptação.
  • O desenvolvimento da inteligência é gradativo passando por estágios ou etapas;
  • São os estágios do desenvolvimento cognitivo: sensório motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal.

 

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ConclusãoReferências Bibliográficas

 

CASSIRER, Ernst. Ensaio sobre o homem: introdução a uma filosofia da cultura humana. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

COLL, Cesar. As contribuições da Psicologia para a Educação: Teoria Genética e Aprendizagem Escolar. In LEITE, L.B. (Org.) Piaget e a Escola de Genebra. São Paulo: Cortez,1992. p. 164-197.

__________; GILLIÈRON. C. Jean Piaget: o desenvolvimento da inteligência e a construção do pensamento racional. In, LEITE, L.B. (org.) Piaget e a Escola de Genebra. São Paulo: Cortez, 1987. p. 15-49

ELIAS, Norbert. O processo civilizador: uma história de costumes. Rio de Janeiro: Zahar, v. 1, 1989.

JACQUARD, Albert. A herança da liberdade: da animalidade à humanitude. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1988.

LA TAILLE; OLIVEIRA, Marta Kohl; DANTAS, Heloísa. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992,  p.11-22.

LIMA, Lauro de Oliveira. Piaget Para Principiantes. Rio de Janeiro: Summus, 1980.

PALANGANA, Isilda Campaner. Desenvolvimento Aprendizagem em Piaget e Vygotsky: a relevância do social. São Paulo: Summus, 2015.

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Lista de FigurasLista de Figuras

Figura 01 - Disponível em: <https://pixabay.com/pt/evolu%C3%A7%C3%A3o-humano-andar-24560/>. Acesso em: 18 out. 2016.

Figura 02 - Disponível em: <http://revistacombate.com/revista/?n=1#huxley-dani-font>. Acesso em: 18 out. 2016.

Figura 03 - Disponível em:  <https://pt.wikipedia.org/wiki/Paranthropus_boisei>.  Acesso em: 19 out. 2016.

Figura 04 – Disponível em:  <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Primate_skull_series.png>. Acesso em: 19 out. 2016.

Figura 05 - construída pela autora a partir do livro Piaget para principiantes, de Lauro de Oliveira Lima.

Figura 06 - construída pela autora

Figura 07 -  construída a partir do link: http://psicofadeup.blogspot.com.br/2011/05/estadios-do-desenvolvimento-cognitivo.html

Figura 08 - Construída a partir do link: http://psicofadeup.blogspot.com.br/2011/05/estadios-do-desenvolvimento-cognitivo.html

Figura 09 - Construída a partir do link: http://psicofadeup.blogspot.com.br/2011/05/estadios-do-desenvolvimento-cognitivo.html

Figura 10 - Construída a partir do link http://psicofadeup.blogspot.com.br/2011/05/estadios-do-desenvolvimento-cognitivo.html

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Texto adaptado de CIANCIARDI NETO, Gabriel. CARLETO, Nilvado. Metodologia da Pesquisa Científica. Araras. Uniararas, 2. ed. 2013. p. 15 - 37.
Em latim, a expressão apud significa citado por

É uma técnica de conversação direta entre o pesquisador e o entrevistado, e, em função disso, é fundamental planejar e conhecer previamente o entrevistado. Conhecer o local da entrevista, a hora da sua realização, bem como elaborar um roteiro/questionário também são fatores importantes para que a entrevista seja bem-sucedida. Com certa antecedência, o pesquisador deve explicar ao entrevistado qual é a finalidade da pesquisa, esclarecendo seu objetivo e sua relevância. É importante deixar o entrevistado bem à vontade, uma vez que algumas informações podem ser restritas e confidenciais. É interessante utilizar um gravador para garantir a fidelidade das informações e anotar com atenção as respostas no momento da entrevista para garantir a veracidade das informações e evitar possíveis distorções.

O formulário tem o objetivo de reunir um conjunto de questões organizadas para que sejam obtidas informações de entrevistas ou questionários. Antes do início da redação de um formulário, é necessário definir quais são as informações pretendidas pelo pesquisador, uma vez que a relevância das perguntas é de sua responsabilidade. Inicialmente devem ser expostas as perguntas mais fáceis e, por último, as perguntas mais difíceis. Ao elaborar um formulário, o pesquisador deve considerar as seguintes características:

  1. o tipo, o tamanho e o formato do papel;
  2. a estética e o espaçamento entre linhas;
  3. o espaço suficiente para as respostas dos entrevistados;
  4. a numeração dos itens ou mesmo das perguntas;
  5. a forma de impressão do formulário;
  6. a forma de registro para assinalar as respostas; e
  7. uma redação clara e concisa das perguntas.

Documento que constitui uma série de perguntas sobre o objeto em estudo, pode ser aplicado pessoalmente pelo pesquisador ou enviado pelo correio.
Não deve ser extenso e, normalmente, tem início com as seguintes questões: nome (se a identificação for necessária), sexo, idade, estado civil, profissão, etc.
Na elaboração de um questionário, é importante observar os seguintes fatores: dimensão, conteúdo, organização, clareza das questões, espaço para as respostas, etc.
As perguntas devem ser claras, objetivas e não “tendenciosas”. As perguntas abertas permitem ao informante responder livremente, enquanto as perguntas fechadas (ou objetivas) caracterizam-se pelas escolhas “sim” ou “não”, “verdadeiro” ou “falso”, as quais facilitam a tabulação dos dados pelo pesquisador.
Uma das maiores limitações do questionário está relacionada à sua devolução por parte do informante, além do grau de confiabilidade das respostas e veracidade das informações.

A observação utiliza os sentidos para obter alguns aspectos que ocorrem no cotidiano da pesquisa.
Não consiste apenas em olhar e ouvir, mas também em examinar os fatos que serão investigados.
Para que a técnica da observação torne-se simples, é importante realizar um planejamento, definindo, por exemplo, quais eventos serão observados e registrados, assim como quais dados serão coletados.
O pesquisador deve examinar o fato sem fazer interferências, ou seja, deve observar com imparcialidade a ocorrência dos eventos, anotando os detalhes que estão sendo investigados.
É importante ressaltar três elementos nas pesquisas que envolvem a técnica da observação: a população (“o que” ou “quem” observar), as circunstâncias (“quando” observar) e o local (“onde” observar).
No entanto, assim como qualquer outra técnica de pesquisa, a observação oferece vantagens e limitações.
Nestas condições, a fim de garantir a credibilidade do trabalho, o pesquisador deve aplicar mais de uma técnica concomitantemente.

O método histórico consiste em investigar acontecimentos, processos e instituições do passado para verificar a sua influência na sociedade de hoje, pois as instituições alcançaram sua forma atual através de alterações de suas partes componentes, ao longo do tempo, influenciadas pelo contexto cultural particular de cada época (LAKATOS, 1981 apud LAKATOS & MARCONI, 1991, p. 82).

O método comparativo, que pode ser empregado em todas as fases e níveis de uma pesquisa, pretende, por meio da comparação, instituir leis e correlações entre os vários grupos ou fenômenos da sociedade para determinar semelhanças e diferenças.
Conforme Gil (1999, p. 34), “O método comparativo procede pela investigação de indivíduos, classes, fenômenos ou fatos, com vistas a ressaltar as diferenças e similaridades entre eles”.
Também chamado de estudo de caso, com o método monográfico é possível entender alguns fatos sociais por meio de estudos de casos isolados ou de pequenos grupos. De acordo com Gil (1999, p. 34), “o método monográfico parte do princípio de que o estudo de um caso em profundidade pode ser considerado representativo de muitos outros ou mesmo de todos os casos semelhantes”. O autor afirma que esses “casos” podem estudar tanto indivíduos quanto instituições, grupos, comunidades, entre outros.
No método monográfico, o estudo abrange um conjunto de atividades de determinado grupo social particular e não somente um único aspecto, como era feito no início de sua criação (LAKATOS & MARCONI, 1991).
O método estatístico tem como objetivo estabelecer conclusões comprováveis sobre as consequências dos fatos sociais analisados.
Segundo Gil (1999, p. 35), “(...) este método fundamenta-se na aplicação da teoria estatística da probabilidade e constitui importante auxílio para a investigação em ciências sociais”. No entanto, o autor afirma que é importante considerar que os resultados obtidos com esse método podem não ser completamente verdadeiros, mas possuem um grau considerável de precisão, o que o faz ser muito bem aceito pelos pesquisadores.